29.5.09


Quem sou eu?! Também não sei. Mas se quiser pode vir comigo que no caminho a gente tenta descobrir.
Só uma dica: Não tente me definir, me aprisionar em um padrão, pois estou em movimento constante. Quando pensar que está conseguindo, vai perceber que precisará apagar e começar tudo de novo. E talvez seja sempre assim.
Sou o quebra cabeça mais complicado e também o jogo mais divertido quando quero.
Não sou cristal. Sou vidro. Daquele tipo bem ruim e barato que quando cai não quebra e se quebra, dá para juntar, reciclar os caquinhos e fazer uma nova peça.
Sou cheia de manias e vontade. Contudo, não passo por cima de ninguém para conseguir o que quero.
Mesmo sendo pequena, consigo ocupar bastante espaço.
Tenho uma necessidade imensa de criar vários personagens por dia, um especial para cada situação. Mas cara, esta só tenho uma.
A boca pode até proferir palavras podres. Em compensação, o coração é limpo e a alma está lavada.
Não nasci para ser mestre nem discípulo. Apenas para ser amiga e caminhar lado a lado.
Cansei de brincar de polícia e ladrão. Também não quero mais ser mocinho nem bandido, pois descrobri que no final é sempre a mesma coisa. Porém se for esconde esconde, estarei sempre pronta.
Quando procurar e não me achar, estarei deitada no chão, olhando as estrelas ou desvendando o formato das nuvens. Naquele mesmo local, onde nunca sinto o tempo passar. Só não conta para ninguém, tá?! É segredo! E também poderia acabar com a graça da brincadeira.
Adoro roda gigante, pois foi onde descobri o valor de estar em cima e também de estar em baixo.
Tem horas que sinto uma vontade incontrolável de devorar a vida e em outras um enjoo inexplicável.
No momento em que tudo parece perdido é exatamente na minha bagunça que consigo me encontrar.
Sempre caio no meio da rua e em tentação. Falo mal e reclamo de tudo e de todos. No fim, acabo vendo, que na verdade, estava falando de mim.
Mudei, mas não cresci. Aquela menininha que antes via no espelho, talvez vá sempre me perseguir.
Já fui vítimas de julgamentos bem piores que os da "Santa" Inquisição. Fui condenada e quase queimada na fogueira. Quando realmente tive alguma culpa, ninguém viu ou quis prestar atenção.
Os verdadeiros amigos cabem na palma da mão, mas são suficientes para me ajudar a conquistar mundo.
A minha família é a maior e melhor razão para acordar todos os dias. E Deus há muito tempo deixou de ser o "Todo Poderoso" e passou a ser o Pai presente. Meu maior presente.
Se eu for escolher música, serão sempre aquelas que me fazem chorar (de tanta alegria ou da mais insuportável tristeza).
Não tenho cantor, banda, filme, livro, autor, fruta, comida... preferidos. Já tentei. Não consigo. Não sou boa em preferir, nem em nenhuma outra coisa.
Conseguiu descobrir quem eu sou?
Nem eu.
Infelizmente ( ou felizmente) estes são apenas alguns fragmentos da pessoa que hoje vejo em mim. E amanhã... Amanhã é outro dia e, com certeza, Deus proverá (alguém mais interessante e melhor).

Talita...

http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/1422600

27.5.09


" Frente a página branca, um escritor, as vezes, se sente perdido. Todo o potencial que oferece esse mundo de possibilidades pode assustar. É como uma estrada que imaginamos ser infinita. Mas existe um milagre, uma luz que nos guia nesse mundo que levamos dentro de nós. Tal como o primeiro passo, hesitamos, mas uma vez dado, não paramos mais nessa estrada que nos leva ao sonho."